quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Santificação pelo Espírito através das Escrituras

Qual é o padrão bíblico de santificação? O paradigma bíblico, o meio bíblico de santificação?
Começa: aqui, em minha carne, não habita nada de bom. Deixado a mim mesmo, à minha intuição, à minha espiritualidade, ao meu discernimento espiritual e aos meus sentimentos místicos, eu não vou a lugar algum. Vou acabar em terrível frustração vivendo algum tipo de ilusão de que meus sentimentos espirituais são verdadeira santificação. Santificação é o trabalho do Espírito Santo tanto quanto a salvação o é. Eu não posso efetuar minha própria salvação através de minha intuição e minha espiritualidade. Nem posso efetuar minha santificação dessa maneira. Ela é obra do Espírito.
O meio, o agente que o Espírito usa é a Escritura. Isso pelo testemunho de Jesus em João 17:17, quando Ele orava ao Pai por todos aqueles que creriam nele, Ele disse ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Santificação é o poder do Espírito ativando a verdade da Escritura na vida de um crente. Não olhe para dentro, não tente brincar de Batalha Naval espiritual. Não olhe dentro de sua intuição e seus sentimentos místicos para encontrar o caminho da santificação. Olhe para a Palavra de Deus. Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa.

Fonte: Blog Fiel


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Davi, Golias e o Evangelho

Quero compartilhar aqui o vídeo onde Matt Chandler fala como podemos ler a Bíblia à luz do Evangelho, usando como exemplo a história de Davi e Golias. Ele apresenta algumas ideias muito importantes para o nosso estudo pessoal das Escrituras. Sendo Cristo o centro das Escrituras, é Ele quem devemos buscar por trás de cada narrativa. A parábola abaixo, de C.H.Spurgeon, ilustra bem a mensagem do vídeo.

Um jovem tinha pregado na presença de um respeitável teólogo, e ao final foi até o velho ministro e disse: “O que você achou do meu sermão?”. “Um sermão muito pobre de fato”, ele disse. “Um sermão pobre?”, disse o jovem, “ele me custou um longo tempo de estudo”. “Sim, disso eu não duvido”. “Por que você não acha que minha explanação do texto é muito boa?”. “Oh, sim,” disse o velho pregador, “é muito boa de fato”... “Diga-me porque você o considera um sermão pobre?” “Porque,” disse ele, “não há Cristo nele”. “Bem”, disse o jovem, “Cristo não estava no texto; nós não devemos pregar Cristo sempre, nós devemos pregar o que está no texto”. Então o idoso disse: “Você não sabe, rapaz, que de cada cidade, cada vila ou vilarejo na Inglaterra, onde quer que esteja, há uma estrada para Londres? ... Da mesma forma em cada texto da Escritura, há uma estrada... para Cristo. E meu caro irmão, seu trabalho é, quando chegar a um texto, dizer: ‘Então, qual é a estrada para Cristo?’ e então pregar o sermão, percorrendo a estrada até... Cristo. E... eu nunca encontrei um texto que não possuísse uma estrada para Cristo, e ainda que eu ache um que não tenha uma estrada para Cristo, eu faria uma; eu passaria por cima de cercas e valas, mas eu chegaria a meu Mestre, pois um sermão não pode fazer nada de bom a menos que tenha o perfume de Cristo nele. 

(SURGEON, Christ Precious to Believers. Disponível em http://www.spurgeon.org/sermons/0242.htm)



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O professor discipulador


[…] À medida que discipularmos nossos alunos, desejaremos estar cientes de dois aspectos básicos da afetividade: (1) o de cuidar de nossos alunos e (2) o de aceitá-los como eles são. Ambos os aspectos permitem-nos comunicar o amor de Cristo e derrubar as paredes relacionais entre nós e eles. O professor discipulador cuida de seus alunos mostrando interesse, consideração e apreciação por eles. Quando estão sob tensão, o interesse do professor manifesta-se quando ouve atenta e seriamente um aluno falar de algum problema pessoal. Orar quando o aluno compartilha uma necessidade também demonstra o cuidado amoroso do professor, quando este em ação subsequente faz um telefonema, envia um cartão ou escreve uma carta. O professor pode ser uma fonte inesgotável de informação útil ou de sugestões como uma excrescência de suas próprias perícias. Mostrar cuidado pelo aluno discípulo também toma a forma de exortação (“Por que não tenta?”), encorajamento (“Você consegue!”) e confrontação (“Por que não tentou?”), dependendo da necessidade.

Além do interesse, manifestamos cuidado pelos alunos mediante a consideração. Esta evidencia-se por coisas como fixar objetivos e exigências razoáveis e atingíveis, e por ter a preocupação de limitar os deveres de casa e outras responsabilidades extra-aula. Também demonstramos consideração na sala de aula tratando com dignidade e respeito. Depreciar não pertence `s educação bíblica e certamente não tem lugar no ministério do discipulado.

Como professores discipuladores também cuidamos de nossos alunos denotando apreciação por eles. Isto pode facilmente ser realizado por uma palavra de agradecimento ou elogio por um trabalho bem feito. A apreciação sincera é cativante e, quando modelada regularmente pelo professor, torna-se atividade compartilhada entre os membros da classe.

Repare nesta questão da apreciação que o uso do humor ofensivo sempre destrói a eficácia do ministério do discipulado. Devasta relacionamento e deve ser evitado. Talvez alguém pense que com humor ofensivo a gente consegue fazer um amigo, mas na realidade adquirimos inimigos quando criamos uma certa tensão em nosso relacionamento. Evite este comportamento a qualquer custo.

Aceitar o aluno constitui o segundo aspecto da afetividade. Este envolve aceitar a pessoa e seus sentimentos. Deus criou cada um de nós de modo exclusivo no útero materno (Sl 139:13-16). Ele formou cada ser humano com certas tendências, forças e fraquezas. A cada indivíduo Ele deu uma personalidade que o torna especial, e vários talentos e dons para o ministério que o transformam no tipo de pessoa que o Senhor quer que ele seja. O professor é responsável por conhecer seus alunos – a individualidade de cada um deles, como cada um contribui no uso de suas aptidões, onde estão seus pontos fortes e fracos. Um aluno pode ser loquaz e expansivo; outro, quieto e analítico.

O professor discipulador não deve exigir que um estudante seja igual aos outros. Como discipulador, o professor tem de aceitar cada um com suas forças e limitações dadas por Deus, e desafiá-los a ser, do seu jeito, o melhor que puder em prol da causa de Jesus. Cuidado e aceitação acrescentam à afetividade parte indispensável do ministério do discipulado que o professor faz.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

GANGEL, Kenneth O.; HENDRICKS, Howard G.. Manual de ensino para o educador cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. Rio de Janeiro: Cpad, 1999. 408 p.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A responsabilidade do ensino cristão – parte 2

[por Richard Baxter]

Baxter compara os pastores como amas-de-leite dos pequeninos de Cristo. Eles devem alimentá-los com a Palavra de Deus, onde Cristo é revelado em todas as suas perfeições.


"Confesso que digo estas coisas em função de lamentável experiência pessoal, pois eu mesmo exponho ao meu rebanho os destemperos de minha própria alma. Quando meu coração está frio, minha pregação é fria; quando estou confuso, minha pregação é confusa. Sei também, por intermédio dos melhores de meus ouvintes, que quando minha pregação é fria, eles se esfriam, e as orações que deles ouço são bem parecidas com minha pregação. Somos como amas-de-leite dos pequeninos de Cristo. Se deixarmos de nos alimentar, eles também ficarão famintos, e tal será visto em sua fraqueza e no desempenho dos deveres rotineiros. Se nosso amor diminuir, mão seremos capazes de despertar o amor das ovelhas. Se os santos cuidados e temores forem negligenciados, a pregação revelará o abatimento; se tal não for aparente no conteúdo da mensagem, certamente o será no modo de entregá-la e de vivenciá-la. Se nos alimentarmos mal, de erros ou de controvérsias infrutíferas, nossos ouvintes também não serão saudáveis. No entanto, se abundarem fé, amor e zelo, tais graças transbordarão e restaurarão nossas congregações.

Portanto, irmãos, cuidem de seus próprios corações, livrando-os de paixões, desejos malignos e inclinações mundanas; mantenham a vida de fé, amor e zelo; habitem em Deus e com seus ouvintes. Se a tarefa de examinar o próprio coração, de subjugar a corrupção e de andar com Deus não for uma luta diária, se não for uma obra constante em sua vida, os senhores jamais poderão experimentar as bençãos dos céus. Acima de tudo, permanecem em oração e meditação secreta, de onde vem o fogo celeste que consome os sacrifícios; lembrem-se de não negligenciar o dever para com o próprio coração, ou muitos ouvintes também serão prejudicados. Por amor do seu povo, examinem seus próprios corações. Se uma única centelha de orgulho espiritual lhes sobrevier, fazendo-os cair no perigoso erro de utilizar objetivos e estratégias de suas próprias invenções que desviem os discípulos, os senhores produzirão grandes feridas nas igrejas sob seu cuidado – e serão como pragas em vez de bençãos. Elas desejarão jamais terem visto seus rostos. Assim, cuidem de seus juízos e afetos. A vaidade e o erro se insinuam lentamente, sob falsas pretensões: grandes apostasias geralmente começam com pequenos desvios. O príncipe das trevas, muitas vezes, se apresenta como anjo de luz, para levar os filhos da luz para as trevas. Como é fácil que o erro envolva nossos afetos e substitua o primeiro amor, abatendo-nos o temor e o cuidado. Por isso, tenham cuidado de si mesmos e dos que foram entregues ao seu cuidado."

(BAXTER, Richard. Manual Pastoral de Discipulado. São Paulo: Cultura Cristã, 2008, 1ª edição, 220 pgs.)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Um pouco da história dos samaritanos




Estudando a obra de Flávio Josefo, "História dos Hebreus", chamou-me a atenção este trecho, abaixo reproduzido, que relata um episódio envolvendo judeus e samaritanos, o qual pode nos esclarecer alguns motivos sobre a  inimizade  histórica entre os dois povos. 



O rei Antíoco, recebido na cidade de Jerusalém, a destrói completamente, saqueia o Templo e constrói uma fortaleza.  Abole o culto a Deus. Vários judeus abandonam a religião. Os samaritanos renunciam a sua nacionalidade e consagram o templo de Gerizim a Júpiter grego.

O temor de se meter numa guerra contra os romanos obrigou o rei Antíoco a abandonar a conquista do Egito. Ele veio então com o seu exército a Jerusalém, cento e quarenta e três anos depois que Seleuco e seus sucessores começaram a reinar na Síria. Sem dificuldade, tornou-se senhor dessa praça, porque os de seu partido abriram-lhe as portas, e mandou matar vários do parti­do contrário, apoderou-se de grande quantidade de dinheiro e voltou a Antioquia.

Dois anos depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam quisleu, e os macedônios, apeleu, na centésima quinquagésima terceira Olimpí­ada, ele voltou a Jerusalém e não poupou nem mesmo os que o acolheram na esperança de que ele não faria nenhum ato de hostilidade. Sua insaciável avareza fez com que ele não temesse violar-lhes também a fé, despojando o Templo das muitas riquezas de que, sabia ele, estava cheio. Tomou os vasos consagrados a Deus, os candelabros de ouro, a mesa sobre a qual se punham os pães da propo­sição e os turíbulos. Levou até mesmo as tapeçarias de escarlate e de linho fino e pilhou tesouros que estavam escondidos havia muito tempo. Afinal, nada deixou lá. E, para cúmulo da maldade, proibiu aos judeus oferecer a Deus os sacrifícios ordinários, como a sua lei os obrigava.

Depois de saquear toda a cidade, mandou matar uma parte dos habitantes e levou dez mil escravos com suas mulheres e filhos. Mandou queimar os mais belos edifícios, destruiu as muralhas e construiu, na Cidade Baixa, uma fortaleza com grandes torres, as quais dominavam o Templo, e lá colocou uma guarnição de macedônios, entre os quais estavam vários judeus, tão maus e ímpios que não havia males que não infligissem aos habitantes. Mandou também construir um altar no Templo e ordenou que lá se sacrificassem porcos, o que é uma das coisa mais contrárias à nossa religião. Obrigou então os judeus a renunciar o culto ao verdadeiro Deus e a adorar os seus ídolos, e ordenou que se construíssem tem­plos para eles em todas as cidades, determinando que não se passasse um dia sem que lá se imolassem porcos. Proibiu também aos judeus, sob graves penas, circuncidar os filhos, e nomeou fiscais para saber se eles estavam observando as suas determinações e as leis que ele impunha e obrigá-los a isso, caso recusassem obedecer.

A maior parte do povo obedeceu, voluntariamente ou por medo, mas essas ameaças não puderam impedir aos que possuíam virtude e generosidade de observar as leis de seus pais. O cruel príncipe os fazia morrer por meio de vários tormentos. Depois de os mandar retalhar a golpes de chicote, a sua horrível desumanidade não se contentava em fazê-los crucificar, mas, enquanto ainda respiravam, fazia enforcar e estrangular perto deles as suas mulheres e os filhos que haviam sido circuncidados. Mandava queimar todos os livros das Sagradas Escrituras e não poupava ninguém na casa em que os encontrava.

Os samaritanos, vendo os judeus afligidos por tantos males, evitavam dizer que tinham a mesma origem, que eram da mesma raça e que o seu templo em Gerizim era consagrado ao Deus Todo-poderoso. Diziam, ao contrário, que eram descendentes dos persas e dos medos e que tinham sido enviados a Samaria para lá morar; o que era verdade.

Eles enviaram deputados ao rei Antíoco e apresentaram-lhe a seguinte peti­ção: "Petição que os sidônios, habitantes de Siquém, apresentam ao rei Antíoco, deus visível. Nossos antepassados, tendo sido amargurados por grandes e freqüentes pestes, haviam deliberado celebrar, por uma antiga superstição, uma festa à qual os judeus dão o nome de Sabat e construíram sobre o monte Gerizim um templo em honra a um Deus anônimo, onde imolavam vítimas. Agora que vossa majestade se julga obrigado a castigar os judeus como eles merecem, os que executam as vossas ordens querem nos tratar como a eles, porque pensam que temos a mesma origem. Mas é fácil verificar, pelos nossos arquivos, que somos sidônios. Assim, como não podemos duvidar, majestade, de vossa bonda­de e proteção, suplicamos que ordeneis a Apolônio, nosso governador, e a Nicanor, procurador-geral de vossa majestade, que não nos considerem mais culpados dos mesmos crimes que os judeus, cujos costumes e origem diferem inteiramen­te dos nossos. E, se julgarem bem e for do agrado de vossa majestade, seja o nosso templo, que até agora não teve o nome de Deus algum, chamado futura­mente templo do Júpiter grego, a fim de que fiquemos em paz e, trabalhando sem temor, possamos pagar maiores tributos a vossa majestade".

Antíoco, depois de ler a petição, escreveu a Nicanor, nestes termos: "O rei Antíoco a Nicanor. Os sidônios que moram em Siquém nos apresentaram a peti­ção anexa a esta carta. Aqueles que a trouxeram provaram suficientemente, a nós e ao nosso conselho, que eles não têm parte nos crimes e faltas dos judeus, antes desejam viver segundo os costumes gregos. Por isso nós os declaramos inocentes dessa acusação, concedemo-lhes o pedido que nos fizeram — dar ao seu templo o nome de Júpiter grego — e ordenamos o mesmo a Apolônio, seu governador. Dado no ano quarenta e seis e no décimo primeiro dia do mês de Hecatombeom".

Fonte: JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2001., 5ª ed., pgs. 286-287


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Como aproveitar ao máximo a sua leitura da Bíblia



[por Thomas Watson]

1. Remova obstáculos. (a) remova o amor por todo e qualquer pecado (b) remova as distrativas preocupações deste mundo, especialmente a cobiça [Mt 13:22] (c) não faça piadas com a Bíblia e a partir da Bíblia.

2. Prepare seu coração. [1 Sm 7:3] Assim: (a) recolhendo seus pensamentos (b) eliminando sentimentos e desejos impuros (c) não vindo à Palavra apressada ou negligentemente.
3. Leia com reverência, considerando que cada linha é Deus que fala diretamente com você (2 Tm 3:16-17; Sl 19:7-11).

4. Leia os livros da Bíblia em ordem.

5. Obtenha uma verdadeira compreensão da Escritura. [Sl 119:73] isto é melhor alcançado comparando partes correlatas da Bíblia entre si.

6. Leia com seriedade. [Dt 32:47] A vida cristã deve ser encarada com seriedade já que requer esforço [Lc 13:24] e não falhar [Hb 4:1].

7. Persevere em lembrar-se do que você lê. [Sl 119:52] Não deixe que seja roubado de você [Mt 13:4 ,19]. Se o que você lê não fica na sua memória é improvável que seja de muito benefício para você.

8. Medite no que lê. [Sl 119:15] A palavra hebraica para “meditar” significa “estar intensamente na mente”. Meditação sem leitura é errada e tendente a equívocos; leitura sem meditação é estéril e infrutífera. Significa incitar os afetos, ser aquecido pelo fogo da meditação [Sl 39:3].

9. Leia com um coração humilde. Reconheça que você é indigno da revelação de Deus a você [Tg 4:6]

10. Acredite que tudo é a Santa Palavra de Deus. [2 Tm 3:16] Nós sabemos que nenhum pecador poderia tê-la escrito devido ao modo como ela descreve o pecado. Nenhum santo poderia blasfemar contra Deus fingindo que sua própria Palavra seria a de Deus. Nenhum anjo poderia tê-la escrito pela mesma razão. [Hb 4:2]

11. Valorize a Bíblia grandemente. [Sl 119:72] Ela é a sua tábua de salvação; você nasceu por meio dela [Tg 1:18]. Você precisa crescer por meio dela [1 Pd 2:2] [cf. Jó 23:12].

12. Ame a Bíblia ardentemente [Sl 119:159].

13. Leia-a com um coração honesto. [Lc 8:15] (a) Disposto a conhecer toda a vontade de Deus (b) lendo para ser transformado e melhorado por ela [Jo 17:17].

14. Aplique a você mesmo tudo o que lê, tome cada palavra como dita para você. Sua condenação de pecados como a condenação ao seu próprio pecado; a obrigação que ela requer como o dever que Deus requerer de você [2 Rs 22:11].

15. Preste muita atenção aos mandamentos da Palavra tanto quanto às promessas. Pense em como você precisa de direção tanto quanto precisa de conforto (Sl 119:9-11).

16. Não se deixe levar pelos detalhes secundários, antes tenha certeza de prestar atenção mais às grandes coisas [Os 8:12].

17. Compare-se com a Palavra. Como fica essa comparação? Seu coração é parecido com uma transcrição dela, ou não? (Tg 1:21-25)

18. Preste atenção especial àquelas passagens que falam à sua situação individual, particular e presente. Por exemplo: (a) Aflição – [Hb 12:7, Is 27:9, Jo 16:20, 2 Co 4:17]. (b) Senso da presença e do sorriso de Cristo retirado -[Is 54:8, Is 57:16, Sl 97:11] (c) Pecado – [Gl 5:24, Tg 1:15, 1 Pe 2:11, Pv 7:10;22-23, Pv 22:14] (d) Incredulidade -[Is 26:3, 2 Sm 22:31, Jo 3:15, 1 Jo 5:10, Jo 3:36]

19. Preste especial atenção aos exemplos e vidas das pessoas na Bíblia como sermões vivos. (a) Castigos [Nabucodonosor, Herodes, Nm 25:3-4;9, 1 Rs 14:9-10, At 5:5,10, 1 Co 10:11, Jd 7] (b) Misericórdias e libertações [Daniel, Jeremias, os 3 jovens no forno flamejante]

20. Não pare de ler a Bíblia até que você tenha seu coração aquecido. [Sl 119:93] Não deixe que ela apenas te informe, mas também que ela te inflame [Jr 23:29, Lc 24:32].

21. Ponha em prática o que você lê [Ps 119:66, Ps 119:105, Dt 17:19].

22. Cristo é, para nós, Profeta, Sacerdote e Rei. Utilize o ofício dEle como Profeta [Ap 5:5, Jo 8:12, Sl 119:102-103]. Faça com que Cristo abra não só a Bíblia para você, mas também a sua mente e entendimento [Lc 24:45]

23. Assegure-se de estar sob um verdadeiro ministério da Palavra, que expõe a Palavra fiel e plenamente [Pv 8:34] seja sério e ávido em esperar por isso.

24. Ore para que você tire proveito da leitura [Is 48:17, Sl 119:18, Ne 9:20].

Obstáculos naturais - Você ainda pode poderá beneficiar-se da leitura apesar deles:

1. Você não parece beneficiar-se tanto quanto outros. Lembre-se dos rendimentos diferentes [Mt 13:8] Apesar do rendimento não ser tão expressivo quanto o de outros ainda é um verdadeiro e frutífero rendimento.

2. Você pode sentir-se lento em compreender [Lc 9:45, Hb 5:11].

3. Sua memória é ruim (a) Lembre-se que você ainda pode ter um bom coração apesar disso (b) Você ainda pode lembrar-se das coisas mais importantes mesmo que você não se lembre de tudo, seja encorajado por João 14:26.

Fonte: http://www.bomcaminho.com
Extraído do Blog do Steve Camp.
Tradução: Juliano Heyse